Samba Acadêmico Brasil Edição 09 ANO I Dezembro 2016 | Page 8

CARTA DO SAMBA

Samba, Coreografia e Música

O samba, coreografia e música, assume formas e nomes diversos no território nacional. Esta variedade demonstra, ainda que a um ligeiro exame, que o samba, legado do negro de Angola trazido para o Brasil pela escravidão, se encontra num processo de adaptação que está longe de se ter estabilizado em constâncias definitivas ou finais. Passando de um par outro grupo social, de um Estado para outro, de um relativo desconhecimento para a voga geral, o samba alarga as sua fronteiras, avantaja os seus horizontes, multiplica e renova as suas energias. Tal evolução natural, que reflete o jogo de forças da sociedade brasileira, deve ser protegida com inteligência e serenidade, que não exclui vigor se necessário, mas ser por em perigo a liberdade de criação artística.

As recomendações abaixo, formuladas por compositores, intérpretes, sambistas, estudiosos e amigos do samba em geral reunidos no I Congresso Nacional do Samba, no Rio de Janeiro, em 1962, visam apenas a esclarecer problemas em torno dos quais se observou, de parte dos interessados, um grau razoável de acordo. Em determinados casos, propõem-se medidas que se consideram capazes de dar forma e voz a desejos e desejos latentes, que aplanarão o caminho para certos progressos exigidos pelas novas circunstâncias criadas pela competição internacional.

Espera-se que estas recomendações possam servir de base à discussão e à solução, em plano mais elevado, dos problemas do samba, nos Congressos que a este seguirem.

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Carta do Samba - I Congresso Nacional do Samba 1962