As organizações de escolas – a Associação Brasileira das escolas de Samba e a Confederação de Escolas de Samba – não têm, nem jamais tiveram, motivos verdadeiros para manter cindida a família do samba. Não desconhecemos que houve, em passado remoto, dissenções e divergências, que poderíamos qualificar de pessoais e politicas, dando um resultado a criação de duas agremiações diferentes. Mas tais dissenções e divergências não prevaleceram, dado o seu caráter artificial, tanto pela substituição natural dos elementos que as sustentavam como pelo enfraquecimento a que condenaram os esforços gerais dos sambistas. Havendo-se congraçado oficialmente as duas organizações neste Congresso do Samba, como vinham fazendo oficiosamente em várias oportunidades, é justo esperar que a união tão desejadas finalmente se concretize.
A fim de evitar a eclosão de novas suscetibilidades, propõe-se que a futura organização única seja administrada em sistema colegiado, renovando-se na presidência representantes de uma e de outra das entidades coordenadoras de escolas, enquanto esta medida for considerada necessária.
É desejo geral que já no Carnaval de 1963 as escolas desfilem sob a bandeira de uma organização única.
III
As Organiszações das Escolas de Samba
Carta do Samba - I Congresso Nacional do Samba 1962
14 Revista Samba Acadêmico Desxzembro 2016