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Since the seventeenth century this conception of experience as the equivalent
of subjective private consciousness set over against nature, which consist
wholly o f physical objects, has wrought havoc in philosophy. It is responsible
for the feeling mentioned at the outset that “nature” and “experience” are
names for things which have nothing to do with each other40 .
Ao enfrentar essa tradição cartesiana, Dewey apresenta melhores argumentos
sobre os padrões apropriados para compreensão intelectual da constituição de nossas
crenças. A argumentação deweyana acerca de uma concepção empírica do pensamento
coloca os “sujeitos” como centros de experiência. Nesse sentido, ele constata que, na
história da filosofia, foram raras as vezes que se reconheceu o papel da experiência
enquanto unidade integrada. Aristóteles foi quem mais se aproximou dessa tentativa,
pois reconheceu a contingência do ser. Mesmo assim, nunca abandonou sua predileção
pelo fixo, certo e acabado. Sua teoria das formas e dos fins é uma teoria da
superioridade que têm no ser as qualidades imutáveis; sua física busca fixar uma escala
dos intervalos da relação entre a necessidade e a contingência, hierarquizada de tal sorte
que a necessidade indique os graus da realidade e as contingências meçam as
deficiências do ser 41 .
Entre os modernos, temos alguns exemplos, como Bacon, Locke e Hume, da
tentativa de recorrer a uma concepção de experiência que seja criada pelo ser humano,
que esteja mais próxima da terra do que do céu, uma metafísica aplicada às ciências
naturais e aos diversos ramos da experiência. No entanto, o que predominou na tradição
filosófica foi a falta de conexão entre os objetos mentais em suas relações com as
experiências vitais 42 .
A despeito do agudo e penetrante poder de observação dos gregos, sua ciência é
uma extensão dos hábitos sociais por eles adquiridos. A descoberta do sujeito é a
descoberta reflexiva do papel desempenhado na experiência pelos indivíduos concretos,
em suas formas de pensar, agir, sonhar, desejar. Entretanto esses resultados seriam
outros se a filosofia tivesse optado pelo método empírico. Isto porque, através desse
último, ela teria realizado a reflexão sobre o subjetivo a partir da experiência e não fora
dela. Mas a filosofia tradicional fez abstração da origem empírica e do uso instrumental
40
DEW EY, John. Experience and Nature. New Yo rk: Dover Publications, Inc., 1958, pp.11-12.
DEW EY, John. Experience and Nature. New Yo rk: Dover Publications, Inc., 1958, p.48.
42
DEW EY, John. Experience and Nature. New Yo rk: Dover Publications, Inc., 1958, p.12.
41
Redescrições - Revista online do GT de Prag matis mo, ano VI, nº 1, 2015 [p. 30/55]