Revista Redescrições | Page 45

45 Since the seventeenth century this conception of experience as the equivalent of subjective private consciousness set over against nature, which consist wholly o f physical objects, has wrought havoc in philosophy. It is responsible for the feeling mentioned at the outset that “nature” and “experience” are names for things which have nothing to do with each other40 . Ao enfrentar essa tradição cartesiana, Dewey apresenta melhores argumentos sobre os padrões apropriados para compreensão intelectual da constituição de nossas crenças. A argumentação deweyana acerca de uma concepção empírica do pensamento coloca os “sujeitos” como centros de experiência. Nesse sentido, ele constata que, na história da filosofia, foram raras as vezes que se reconheceu o papel da experiência enquanto unidade integrada. Aristóteles foi quem mais se aproximou dessa tentativa, pois reconheceu a contingência do ser. Mesmo assim, nunca abandonou sua predileção pelo fixo, certo e acabado. Sua teoria das formas e dos fins é uma teoria da superioridade que têm no ser as qualidades imutáveis; sua física busca fixar uma escala dos intervalos da relação entre a necessidade e a contingência, hierarquizada de tal sorte que a necessidade indique os graus da realidade e as contingências meçam as deficiências do ser 41 . Entre os modernos, temos alguns exemplos, como Bacon, Locke e Hume, da tentativa de recorrer a uma concepção de experiência que seja criada pelo ser humano, que esteja mais próxima da terra do que do céu, uma metafísica aplicada às ciências naturais e aos diversos ramos da experiência. No entanto, o que predominou na tradição filosófica foi a falta de conexão entre os objetos mentais em suas relações com as experiências vitais 42 . A despeito do agudo e penetrante poder de observação dos gregos, sua ciência é uma extensão dos hábitos sociais por eles adquiridos. A descoberta do sujeito é a descoberta reflexiva do papel desempenhado na experiência pelos indivíduos concretos, em suas formas de pensar, agir, sonhar, desejar. Entretanto esses resultados seriam outros se a filosofia tivesse optado pelo método empírico. Isto porque, através desse último, ela teria realizado a reflexão sobre o subjetivo a partir da experiência e não fora dela. Mas a filosofia tradicional fez abstração da origem empírica e do uso instrumental 40 DEW EY, John. Experience and Nature. New Yo rk: Dover Publications, Inc., 1958, pp.11-12. DEW EY, John. Experience and Nature. New Yo rk: Dover Publications, Inc., 1958, p.48. 42 DEW EY, John. Experience and Nature. New Yo rk: Dover Publications, Inc., 1958, p.12. 41 Redescrições - Revista online do GT de Prag matis mo, ano VI, nº 1, 2015 [p. 30/55]