Revista Redescrições | Page 102

102 bolhas de sabão. A metáfora da espuma sustenta uma virtude intelectual: ela nos previne de voltar às supersimplificadas geo-metrias (geo-metries) platônicas que são retidas pela história tradicional da Arquitetura. Não há formas retangulares na espuma, e isso é uma interessante notícia. E não há mais quaisquer estruturas esféricas primitivas, especialmente se as espumas forem além de suas etapas húmidas ou autistas. Em seu interior, forças recíp-rocas (recip-rocal) de deformação estão sempre trabalhando, de modo a garantir que tenhamos estruturas que não sejam planas e onde regras geométricas mais complexas prevaleçam. O que você tem contra os ângulos retos? A ideia que forma a base dessa teoria dos espaços diversos só pode ser entendida se também considerarmos as paredes estruturais (load-bearing strutures) alternativas que alicerçam a esferologia. Vivemos em uma era em que as paredes estruturais clássicas, baseadas em forças de pressão, dão lugar a estruturas baseadas em forças de tensão. Claro que estou prima