Revista Redescrições | Page 121

121 criações (Gebilden)25. Obras, atos, imagens, mundos: o que é isso agora se não o material que é bom para a passagem através da imensidão? Os artistas da outra crença fazem as formas, a partir das quais se enxerga que aqui não estão trabalhando temperamentos que se põem de joelhos. A cada obra é dado algo de espacialidade, a qual se consolida nela. Elas indicam sempre que, para seus autores, o tornar-se pequeno diante da grandeza é o problema mais profundo. O ser suspenso que, a partir de sua falta de forma, está em deriva na direção do mundo, não tem outro meio de se revelar, senão enquanto sua sempre nova externalização (Entäußerung) nas criações. Ele (o ser suspenso) testemunha, em suas passagens pelo alfabeto das formas, o poder de transformação no qual sempre reencontra sua vida. Por isso, a sustentabilidade é algo que nunca falta à grande arte. Transformando-se sem parar, os magos com outras magias (Anderszaubernden) expiram26 o espaço, a partir do qual tudo vem para eles. Sua imensidão é mais familiar do que sua obra manifesta. Eles poderiam esquecer tudo que eles tinham criado, menos a esfera a partir da qual a criatividade vem e tem seguimento. Eles são os patrocinadores do mundo visível, aumentando o acervo do mesmo. Entre os inumeráveis que decidiram por uma vida de pobreza, eles permanecem os últimos, os únicos ricos. O que eles desperdiçam é a experiência, na qual cada um dos gestos, que são úteis e que fixam a forma (formset