Revista Municipal de Gouveia | Page 33

33 AMBIENTE GOUVEIA | REVISTA MUNICIPAL O Município de Gouveia, através do Gabinete Técnico Florestal com o intuito de po- PREVENÇÃO DA PRAGA DA VESPA DAS GALHAS DO CASTANHEIRO der executar Mosaicos de Gestão de Combustível de acordo com o Plano Municipal A Câmara Municipal de Gouveia, através do Gabinete Técnico Florestal, em conjun- de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Gouveia procedeu, em colaboração com to com a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro e com a Associação os Bombeiros Voluntários de Gouveia e Folgosinho, sapadores florestais da Câmara Portuguesa da Castanha, efetuou 3 largadas do parasita “Torymus sinensis” nas Municipal de Gouveia; Folgosinho; Santa Maria (Manteigas), Técnicos de Fogo Contro- freguesias de Folgosinho e na União de Freguesias de Figueiró da Serra e Freixo lado do Município de Fornos de Algodres e do Instituto da Conservação da Natureza e da Serra onde existem castanheiros, no sentido de combater a vespa das galhas das Florestas (ICNF), à execução de várias queimadas nos casais de Folgosinho, com do castanheiro. recurso ao uso da técnica do fogo controlado, tendo sido intervencionados 201,13 ha. Os ataques da vespa das galhas do castanheiro nas árvores criam um impacto con- Com a aplicação desta técnica, como resultado, obtém-se a renovação de pastagens siderado grave e, nesse sentido, o município tem tomado as medidas necessárias naturais usadas por explorações agropecuárias, eliminando os matos existentes e no combate a esta praga que está a preocupar, em especial, os proprietários de onde o gado já não consegue entrar. castanheiros. Além das largadas, efetuou já uma campanha de divulgação junto das O uso desta técnica pretende também evitar as tradicionais queimadas que, por freguesias e dos produtores. vezes, dão origem a fogos florestais não controlados. A praga da vespa do castanheiro tem um ciclo anual e é na altura da primavera que FOGO CONTROLADO são visíveis os sintomas na árvore. A Vespa das Galhas do Castanheiro (Dryocosmus kuriphilus Yasumatsu) entrou na Europa através da Itália e foi detetada pela primeira vez em Portugal em finais de Maio 2014. Desde então que tem sido prioritária a implementação de medidas conducentes ao seu controlo. Trata-se de uma praga com um elevado nível de perigosidade, que requer uma forte articulação entre as entidades, assim como uma ação enérgica para a combater.