foto: divulgação/ARLANXEO
UM PANORAMA SOBRE
O MERCADO DE BORRACHAS
Setor de
borrachas é
intimamente
ligado à indústria
automotiva e
tem nichos para
crescer
Retração econômica não afeta a
qualidade de matérias-primas e
artefatos produzidos no País
O mercado de borrachas naturais e sintéticas no Brasil
está fortemente relacionado à indústria automotiva,
tanto pela presença de elastômeros em uma série
de peças, quanto – e sobretudo – pelos pneus. Algo
entre 75% e 80% da borracha consumida no Brasil
é dirigida para a indústria pneumática (incluindo
recauchutagem). Entre 5% e 10% do consumo é feito
pela indústria de calçados, montante equivalente
ao de peças automotivas. E uma pequena parcela
serve outras indústrias. As borrachas sintéticas, ou
elastômeros, são mais consumidas que a natural,
cerca de 25% em volume. São complementares –
uma não substitui a outra – sendo utilizadas em
conjunto em algumas aplicações, como pneus, ou
separadamente, como na luva de látex, que utiliza
apenas a borracha natural.
Em 2014, de acordo com números levantados pela
Revista Borracha Atual, foram consumidas no Brasil
12
cerca de 455 mil toneladas de borracha sintética e
365 mil toneladas de borracha natural, sendo 130 mil
toneladas produzidas no País. “Em 2015 houve uma
queda grande, decorrente da retração da atividade
econômica, sobretudo no setor automotivo”, explica
Antonio Carlos Spalletta, editor da Borracha Atual.
“Para 2016 as perspectivas são de um encolhimento
de aproximadamente 5%.”
Na opinião de Henrique de Oliveira Brito,
presidente da Associação Brasileira de Tecnologia
da Borracha, ABTB, a matriz de produção tem
um vínculo forte com o PIB, por conta do setor
automotivo e peças técnicas, e é preciso saber
aproveitar o momento de crise. “Acreditamos que
o investimento em educação, tecnologia, pesquisa,
desenvolvimento e inovação (PD&I) são ótimos
caminhos para as empresas se fortalecerem e se
manterem competitivas independentemente se o