Revista ABREVIS Ed. 108 | Page 2

ABREVIS em revista A falta de mão-de-obra e a mais iminente aventura brasileira T oda a sociedade brasileira prepara-se para recepcionar vários eventos esportivos internacionais que abrirão, ainda mais, as portas do país para turistas e amantes de esportes de todo o mundo. Claro, a segurança privada também está envolvida nesses preparativos e muito empenhada para que tudo funcione da melhor forma possível. É um grande passo para nós. Abrir-se-ão várias oportunidades que deverão permanecer após o evento, como a proteção dos estádios de futebol e outras instalações que deverão ser passada à iniciativa privada. Mais empregos surgirão e mais capacitação profissional também, uma vez que cursos específicos estão sendo criados para proporcionar mais qualidade no desempenho operacional dos vigilantes nesses grandes eventos. José Jacobson Neto Presidente da ABREVIS Tudo isso, é muito bom. Trará muitos dividendos e nós estamos felizes em participar de eventos dessa magnitude. Mas outras coisas igualmente importantes tem acontecido e necessitam da nossa atenção. Uma delas são os desmandos da Justiça do Trabalho. Sim, continuamos com esse tema por se tratar de matéria urgente a ser abordada, debatida e solucionada em nosso meio. Não é fácil ser empresário nesse país. Além da abusiva carga tributária, da concorrência desleal, do emaranhado de leis que regem nossa atividade, ainda somos vistos como lesadores da mão-de-obra, e não como geradores de emprego e de renda. É quase um castigo ser empresário brasileiro. Victor Saeta de Aguiar Diretor da ABREVIS Não devemos esquecer que é o emprego que gera a qualidade de vida para o cidadão. O Brasil tem caminhado a passos largos para a tranquilidade social por causa da queda do desemprego e, atualmente vemos a demanda aumentar ainda mais em busca de profissionais competentes. Podemos observar que não faltam placas oferecendo vagas nas fachadas de muitas empresas. Há falta de mão-de-obra e ainda mais de mão-de-obra qualificada. Essa situação aliada à ineficiência da CLT que gera possibilidades quase infinitas de ganhos indevidos na Justiça do Trabalho em causas absurdas, se for somada às diversas Bolsas assistenciais ofertadas pelo Governo geram uma situação limite para as empresas. Todas sofrem com a falta de profissionais e ainda tem que se sujeitar a pagar quantias exorbitantes (e questionáveis) em indenizações nas Varas Trabalhistas. É uma situação perigosa! Enquanto vivemos um verdadeiro “apagão” da mão-de-obra, o país aventura-se a sediar eventos de grande magnitude. Claro que, no final, o esforço e a garra do empresariado brasileiro dará conta do recado, mas a que preço? Talvez um crescimento mais sustentável e menos movido por eventos pontuais fosse o melhor para o desenvolvimento do país. De qualquer forma, resta-nos aguardar e prepararmo-nos o melhor possível para vencer mais este desafio. ABREVIS em revista |2| julho / agosto 2012