Military Review Edição Brasileira Quarto Trimestre 2016 | Page 84

(1o Ten Jonathan J. Springer, Exército dos EUA) Militares da 1a Brigada de Combate da 101a Divisão Aeroterrestre disparam seu obuseiro M119A2 contra alvos inimigos durante a Operação Fulton Harvest, na região Al-Jazīrah do Iraque, 13 Jan 08. Uma Art Div é o Centro de Coordenação de Apoio do Fogo (CCAF) da sua Divisão, inclusive em relação aos fogos de contrabateria, então o combate de contrabateria era a prioridade da unidade durante os exercícios de combate. Essa tarefa essencial da missão estabelece as condições para operações futuras da Divisão ao desgastar os sistemas de fogos indiretos do inimigo antes das forças de manobras amigas entrarem na área de alcance. Esse esforço possui dois componentes que se tornam tarefas de apoio de fogo. Primeiro, o fogo de contrabateria reativo se concentra no engajamento de sistemas de fogo indireto do inimigo, depois da busca de alvos. A 101a Art Div posicionou os seus sistemas de radar Q-37 Firefinder para que pudessem detectar fogos oriundos da superfície entre a linha avançada de tropas e as linhas de coordenação de apoio de fogo. Devido ao grande volume de fogo de contrabateria, a unidade dividiu a responsabilidade pelo processamento da missão de tiro. A seção de processamento de alvos analisou alvos de contrabateria, enquanto o elemento de direção de tiro permaneceu concentrado no processamento de alvos planejados e de alvos de oportunidade. A divisão da responsabilidade melhorou, em muito, os tempos de processamento da missão de tiro e a capacidade de responder. Depois, o oficial de seleção de alvos e a 2a seção da Divisão (oficial de Inteligência) aplicaram avaliações de danos para determinar os prováveis efeitos no inimigo que facilitaram a subsequente seleção de alvos, posicionamento e decisões de organização das tarefas. 82 Segundo, a próxima tarefa de fogos de contrabateria envolve a própria busca de alvo de sistemas de fogos indiretos do inimigo, referida na doutrina como “fogos de contrabateria proativos”. No entanto, considerando que contrabateria, pela definição, é sempre reativa, a 101a Art Div decidiu denominar a tarefa de fogos de “ataque” ou de “interdição”. Cumpriu essa tarefa ao analisar os padrões nas buscas de alvo por meio de radar e nos indicadores de movimento de alvos terrestres. O oficial de seleção de alvos e o oficial de Inteligência determinaram qual tipo de sistema de fogos indiretos engajou as forças amigas com base na distância em que o inimigo disparou. O oficial de Inteligência traçou os padrões das buscas de alvos e as rotas dos indicadores de movimento de alvos terrestres entre posições do atirador para criar áreas de interesse para a Artilharia, que a Divisão reconheceu com meios VANT. Quando o VANT detectava formações de Artilharia inimigas, a Art Div desencadeava missões de tiro contra o alvo e conduzia as avaliações de danos. Os fogos de ataque que integraram os VANT e os meios de tiro alocados especificamente para a missão provaram ser a técnica de contrabateria mais eficaz durante os dois exercícios de combate. Esses fogos maximizaram as capacidades da munição de alcance estendido e de precisão, ao mesmo tempo que mitigaram as vantagens de alcance do inimigo. A integração de sistemas VANT. A integração dos VANT com os meios de apoio de fogo em um vínculo direto do sensor ao atirador é rápida, responsiva e Quarto Trimestre 2016  MILITARY REVIEW