Military Review Edição Brasileira Quarto Trimestre 2016 | Page 64
aproximado. Como observado em um relatório do
X Corpo de Exército em 1950: “É axiomático que qualquer arma de guerra seja mais bem adequada à finalidade para a qual tenha sido produzida”33. A tecnologia
não pode resolver esses dilemas; pode apenas fornecer
ferramentas de aprimoramento. Contudo, há um
ponto de rendimento decrescente: “Quando se comparam os caças-bombardeiros de ambos os períodos,
constata-se que um Stuka era tão capaz de destruir um
carro de combate da Segunda Guerra Mundial quanto
um A-10 Thunderbolt II (“Warthog”) em relação aos
carros de combate atuais. Da mesma forma, os P-47
em 1944-1945 não conduziram uma quantidade muito
maior de sortidas para destruir uma ponte ou atingir
uma locomotiva que um F-16 seis décadas e meia
depois”34. Contudo, o custo de um F-16 atualmente
é de uma ordem de grandeza bem maior que o das aeronaves que executaram, efetivamente, aquelas missões
anteriormente35.
Em consequência, o apoio aéreo aproximado é uma
necessidade que o Exército dos EUA precisa desenvolver
organicamente, já que as Forças Singulares não podem
superar “as barreiras que impedem que as tropas recebam o adestramento realista e padronizado” necessário36.
Atualmente, as MRA proveem apenas algumas das capacidades que as forças terrestres necessitam. É verdade
que os jatos podem responder rapidamente, transportar uma quantidade considerável de material bélico e
apresentar capacidade de sobrevivência contra ameaças
de alta e baixa ordem. Por outro lado, a distância entre
as unidades aéreas e terrestres e a velocidade dos jatos
requerem procedimentos de emprego relativamente restritivos, em comparação aos métodos flexíveis e menos
formais utilizados pela Aviação do Exército37.
O Exército deve preencher a lacuna entre seus helicópteros e o apoio aéreo aproximado da Força Aérea
dos EUA com suas próprias aeronaves de ataque de asa
fixa. O melhor local para uma aeronave turboélice parece ser a CAB. A colocação desse tipo de aeronave em
serviço reforçaria o apoio aéreo aproximado da Força
Aérea, proporcionando ao Exército uma plataforma
de ataque ágil e capaz, a um custo relativamente baixo.
Essa transição permitiria que a CAB apoiasse os esforços conjuntos, caso o Exército passasse o excesso de
sortidas ao comandante das forças conjuntas da mesma
forma que a aviação do Corpo de Fuzileiros Navais38.
Na falta de alocações significativas da Força Aérea
dos EUA durante operações ativas, os comandantes do
Exército recorrerão aos meios de aviação orgânicos que
estiverem à sua disposição, os quais, na atualidade, são,
primordialmente, os helicópteros da Aviação do
Exército. Contudo, os comandantes do Exército dos
EUA precisam da capacidade e flexibilidade proporcionadas pelas aeronaves de asa fixa, como velocidade,
autonomia e sobrevivência baseada em altitude. Além
disso, o componente institucional do Exército ap