Military Review Edição Brasileira Quarto Trimestre 2016 | Page 42

a análise de megadados dos resultados do jogo, desde o nível individual até o conjunto, para determinar os padrões do crowdsourcing do jogo que lhes permitiram a “vencer”, de forma bem-sucedida, o jogo. O objetivo final é que o crowdsourcing, a análise de megadados e a plataforma de jogos eletrônicos portáteis sejam capazes de produzir táticas de nível grupo de combate que ganhem o jogo. O teste expandido. As táticas de nível grupo de combate que ganhem seriam testadas depois nos Centros de Adestramento para o Combate usando resultados históricos como um grupo de controle e os resultados da FA-CDT como o grupo de teste. Uma vez que a análise de nível grupo de combate for bem-sucedida, o processo FA-CDT pode ser aplicado nas operações dos Centros de Adestramento para o Combate de nível pelotão, companhia, batalhão e brigada, depois desse mesmo processo de testes. O passo final seria abrir o caminho para testes globais de crowdsourcing nos níveis grupo de combate até brigada, para identificar as melhores práticas e táticas efetivas. O jogo deve ser jogado tanto pelo lado do Exército, quanto pelo lado da ameaça, para permitir o desenvolvimento, testificação e análise das táticas de ambos, do Exército e da ameaça. Êxito nas Operações Futuras O Exército não pode prever exatamente onde ou como os conflitos se desenvolverão além do prazo curto, mas pode melhorar a sua agilidade quando os conflitos emergem. Os conflitos futuros exigirão a criação efetiva de planos e táticas que permitem operações rápidas e eficazes usandos todos os dados disponíveis para a mais rápida execução. A tecnologia que pode ajudar o Exército a conseguir agilidade tática rápida já está disponível por meio de crowdsourcing, megadados e jogos eletrônicos portáteis. O Exército precisa adotá-la para lutar com sucesso em um mundo complexo22. Agilidade, não previsão, é a receita para êxito em um conflito futuro. Ten Cel Chad Storlie, Exército dos EUA, Reserva Remunerada, é um executivo de marketing de nível médio na companhia ferroviária Union Pacific e professor assistente na Creighton University em Omaha, Nebraska. É bacharel pela Northwestern University e mestre em Administração de Empresas pela Georgetown University. Serviu mais de 20 anos em unidades ativas e da Reserva do Exército no Iraque, na Bósnia, na Coreia e por todo os Estados Unidos. É o autor de dois livros e já publicou artigos em mais de 80 publicações impressas e on-line. Referências 1. A missão, a força-tarefa e o comandante representados nessa cena são fictícios e são usados apenas para fins de exemplificação. 2. Field Manual (FM) 6-0, Commander and Staff Organization and Operations (Washington, DC: U.S. Government Printing Office [GPO], 5 May 2014), p. 9-3. 3. Para um exemplo de um pequeno grupo de estado-maior desenvolvendo linhas de ação, veja Matt Matthews, “Interview with LTC Peter A. Newell,” Operational Leadership Experiences in the Global War on Terrorism (Combat Studies Institute, Fort Leavenworth, KS: Operational Leadership Experiences Project, 23 Mar. 2006), p. 5, acesso em 22 Mar. 2016, http://cgsc.contentdm.oclc.org/cdm/ singleitem/collection/p4013coll13/id/120/rec/128. 4. Harold L Chappell, “Fixed Permanent Fortifications at the Operational Level of War” (monograph, School of Advanced Military Studies, 10 May 1991), p. 14–17, acesso em 22 mar. 2016, http://www.dtic.mil/dtic/tr/fulltext/u2/a240407.pdf. 5. Ibid. 40 6. Andrew Smith, Improvised Explosive Devices in Iraq, 2003-09: A Case of Operational Surprise and Institutional Response (Carlisle, PA: Strategic Studies Institute, U.S. Army War College, April 2011), p. 12; Anthony Cordesman, Charles Loi e Vivek Kocharlakota, IED Metrics for Iraq: June 2003–September 2010 (Washington, DC: Center for Strategic and International Studies, 11 Nov. 2010), p. 3–6; Michael O’Hanlon e Jason Campbell, Iraq Index: Tracking Variables of Reconstruction & Security in Post-Saddam Iraq (Washington, DC: Brookings Institute, 25 Jun. 2009), p. 15. As fatalidade e as taxas de eventos dos dispositivos explosivos improvisados foram calculadas pelo autor usando dados das fontes citadas nesta referência. 7. David H. Petraeus, “How We Won in Iraq: And Why all the Hard-Won Gains of the Surge are in Grave Danger of Being Lost Today,” website da Foreign Policy, 29 out. 2013, acesso em 22 mar. 2016, http://foreignpolicy.com/2013/10/29/how-we-won-in-iraq/. 8. “Army Mission Statement,” página organizacional da homepage do Exército dos EUA, acesso em 22 mar. 2016, http://www. army.mil/info/organization/. Quarto Trimestre 2016  MILITARY REVIEW