Military Review Edição Brasileira Março-Abril 2014 | Page 80
nacional, como Clarke, enquadram-se em uma
ou mais categorias de espionagem, sabotagem ou
subversão. “Apesar das tendências, a 'guerra' em
'guerra cibernética' tem, em última análise, mais
em comum com a guerra contra a obesidade do
que com a Segunda Guerra Mundial — tem um
valor mais metafórico que descritivo” (p. 9).
A observação de Rid sobre ter cuidado com
metáforas e conceitos em um novo domínio é
válida. O objetivo de seu livro é “tentar ajudar
a consolidar a discussão, atenuar parte dos
exageros e enfrentar, adequadamente, alguns
dos desafios de segurança mais urgentes” (p. ix).
Muito já se ponderou
s obre a me c ân i c a
de atos nocivos no
ciberespaço, mas se
dedicou relativamente
pouco tempo a colocá-los em contexto. É
essencial entender as
motivações de grupos
e indivíduos que agem
no ciberespaço. O
principal argumento
de Rid e seus capítulos subsequentes
sobre “Violência”, “Sabotagem”, “Espionagem”
e “Subversão” são tônicos poderosos para algumas das obras mais alarmistas sobre a guerra
cibernética. Sua conclusão é tão interessante
quanto polêmica: os ataques cibernéticos são
um ataque contra a própria violência. Já que
atividades como a sabotagem, a espionagem
e a subversão hoje podem ser realizadas no
ciberespaço, são necessários menos efetivos para
conduzi-las no mundo físico. Se, no passado, forças especiais teriam si