Military Review Edição Brasileira Março-Abril 2014 | Page 11
Fonte: o autor.
minustah
O autor trabalhando com o Exército do Chade na MINURCAT, 16 Jul 09.
Entretanto, o CONTBRAS HAITI possuía
capacidade para prestar atendimento dentário
por conta própria, obedecendo a um equilíbrio
entre a capacidade médica de cada nível e as
condições necessárias para evacuação entre esses
níveis.
O MSF relatou (2010, p. 17) que o desastre
mobilizou a maior resposta de emergência dos
40 anos de sua história, citando que cerca de
222 mil pessoas morreram e 1,5 milhão ficaram
desabrigadas.
Antes do terremoto, o MSF operava um centro
de emergências, um hospital de trauma, um centro pós-operatório e uma maternidade em Porto
Príncipe, com equipe de 800 profissionais. Após
o terremoto, esse número passou rapidamente
para 3.400 pessoas trabalhando em 26 hospitais e
4 clínicas móveis. Lamentavelmente, 12 membros
daquela equipe morreram no terremoto e os hospitais de trauma e a maternidade da organização
foram destruídos.
Military Review • Março-Abril 2014
Diante da situação apresentada, o Cmt do
BRABATT/11 estabeleceu três frentes de socorro,
embora possuísse apenas duas equipes de atendimento médico Nível 1, haja vista o fato de as
agências humanitárias e ONG, como o MSF,
precisarem se reestruturar para atender ao novo
cenário designado como “Fase de emergência”,
entre 12 de janeiro de 2010 e 30 de abril de 2010
(MSF, 2011, p. 3), enfatizando: a triagem dos
feridos; a escassez de suprimentos médicos; o
estabelecimento de hospitais; e o tratamento da
“Síndrome do Esmagamento”.
Infere-se que as equipes médicas do CONTBRAS
Haiti atuaram por mais de uma oportunidade
cumprindo as missões de saúde e assistência
humanitária sob responsabilidade das ONG, em
virtude da impossibilidade daquelas instituições
civis, sem atentar contra a independência ou a
imparcialidade. Muito pelo contrário, ganhando
o apoio e confiança da população.
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