Master of Simplicity Magazine #1 Janeiro/Fevereiro 2017 | Page 10

Você já limpou a sua bagagem de mão?

Quando saímos de nossas casas, para uma viagem, nosso trabalho ou mesmo um curto passeio, costumamos carregar alguma bagagem de mão, que pode ser uma bolsa, uma mochila ou, quem sabe uma pasta de trabalho.

Entretanto, nem sempre paramos para pensar sobre o que carregamos nessa bagagem e, quando resolvemos fazer uma limpeza, descobrimos que nela estávamos levando coisas desnecessárias, coisas que talvez tenham sido úteis em outro momento e também muitas “tralhas”...

Ocorre que quando carregamos grande quantidade de coisas inúteis, não conseguimos encontrar rapidamente o que precisamos. Quem nunca precisou retirar todo o conteúdo da bolsa ou mochila para finalmente achar o celular ou a chave do carro?

Nesses momentos percebemos a urgência de revisar nossa bagagem de mão e nos impressionamos com a quantidade de coisas que deveriam estar em outro lugar ou até mesmo no lixo, e não em nossa bagagem de mão: o panfleto que alguém nos entregou, o papel de bala que guardamos até encontrar a próxima lixeira e lá ficou esquecido, as contas pagas que deveriam estar guardadas em casa, e por aí vai.

Da mesma forma que a bagagem de mão real, também carregamos uma bagagem de mão psicológica, que está preenchida com nossos valores, padrões de comportamento, pontos fortes e inseguranças, medos, lembranças de experiências de sucesso e de fracasso.

Quando a bagagem de mão psicológica está “bagunçada”, repleta de padrões que, ainda que tenham sido úteis no passado, já não fazem sentido no contexto atual, nosso desenvolvimento pessoal e profissional é prejudicado. Assim como o celular ou a chave do carro, nosso potencial de crescimento está na bagagem, porém pode estar perdido entre uma série de paradigmas, preconceitos e sentimentos como medo e frustração.

A primeira etapa da limpeza da bagagem de mão psicológica é o exercício do desapego. Isso porque tendemos a nos apegar a alguns padrões e hábitos que muitas vezes impedem ou, no mínimo, atrasam nosso crescimento, daí a necessidade de jogar fora aquilo que não serve mais.

A seguir, precisamos refletir sobre o que está faltando em nossa bagagem de mão e tomar as providências para completá-la. Você não viaja sem levar dinheiro, documentos ou escova de dentes, não é mesmo? De maneira análoga, podemos pensar em alguns elementos que deveriam ser permanentes em qualquer bagagem de mão psicológica: autoestima, valores éticos, determinação para enfrentar os desafios da vida etc.

Pense nisso!

Psicóloga Ms. Ana Lúcia Pereira Psicóloga e orientadora de carreira

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