Inominável Nº 3 | Page 36

O grande pioneiro terá sido Max Linder, logo seguido pelo eterno Charlie Chaplin. Todavia, o criador da simpática figura do Charlot teve ainda o especial condão de usar o humor como forma de intervenção. Muitos são os filmes onde aquela personagem exibe a sociedade da época através de um prisma humorístico, mas repleto de profundo sarcasmo.

Vieram outros, como Buster Keaton, que foi provavelmente um dos impulsionadores da verdadeira comédia do cinema. No pequeno filme que segue perceberão como nasceu a maioria das piadas que ainda hoje se usam! Na verdade, naquele tempo de cinema mudo, as expressões faciais e corporais eram deveras importantes.

Como é do conhecimento geral, o século XX trouxe à história mundial demasiados eventos terríveis. Duas guerras mundiais, crises financeiras, divisões do Mundo… enfim, um rol de péssimos acontecimentos. Talvez por isso (ou não!) as comédias tiveram obviamente muito sucesso. Era claramente necessário elevar a moral do povo.

E se alguns o fizeram com grande mérito, onde música, dança e algumas situações embaraçosas se misturam num cocktail quase perfeito, houve quem fizesse da comédia uma (quase) filosofia de vida. Olhemos então para o caso dos Irmãos Marx que com um conjunto de filmes fabulosos, misturando diversos tipos de personagens, conseguiram dar ao humor, até então supostamente um género menor, o realce e o valor dos grandes e bons filmes.

O excerto infra faz parte do filme “Uma noite na ópera” e a cena é simplesmente brilhante.

cinema como arte tem de tudo um pouco: romance, drama, ficção científica, suspense e obviamente comédia. E é curiosamente no riso que encontramos os primeiros grandes sucessos do cinema. Desde muito cedo que o grande écran encontrou no humor uma forma de expressão ideal para passar mensagens.

Comédia no cinema:

é de morrer a rir!

por José da Xã

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