Inominável Nº 3 | Page 16

Stardew Valley

recentemente disponível.

Mas em primeiro, algum contexto nostálgico.

Muita gente das gerações jovens cresceu a jogar nos Gameboys, para imenso espanto dos velhinhos que não compreendiam porque é que a criança não tirava os olhos de uma caixinha de plástico (isto, claro está, foi muito antes do conceito de telemóveis dos dias de hoje). O que eu considero hoje um dos maiores riscos alguma vez tomados na indústria foi para o “eu” de 10 anos (talvez?) o início de uma série de jogos por mim indubitavelmente adorados. Olhem-me bem isto: fizeram para o Gameboy, aquele tijolo branco, um jogo sobre agricultura.

Agricultura. A sério. O videojogo de que falo chamava-se (e ainda se chama, suponho) Harvest Moon.

A coisa aparentemente mais chata para miúdos citadinos acabou por pegar, e lá controlávamos um boneco a plantar, regar, regar outra vez, esperar uns dias, e apanhar as batatas e cenouras e tal. E aquilo era o máximo! Não sei porquê. Provavelmente poder-se-iam escrever teses inteiras de psicologia infantil a conjurar teorias do porquê. O jogo era divertido, viciante e bastava. Muitas pilhas eléctricas foram gastas a jogá-lo. Versões mais modernas do jogo foram sendo feitas para versões mais recentes dos Gameboys, e o pessoal jogava, legalmente ou ilegalmente, não fazia diferença na altura.

O pior do Harvest Moon era o facto de não haver versões para computador, e muitas vezes quem queria jogar contornava essa restrição usando emuladores de Gameboy no computador.

Então, de repente, aconteceu uma surpresa, que veio excitar as glândulas "videojogásticas" dos

A

indústria dos videojogos é cheia de surpresas, tanto positivas como negativas. Gostaria de falar de uma tal surpresa, na forma de uma pérola

por Rei Bacalhau

totós num épico e satisfatório orgasmo metafórico online.

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