Inominável Nº 3 | Page 13

O convidado especial desta edição da Inominável vem de Vila Nova de Gaia e tornou-se conhecido do público português devido à sua participação no programa “Ídolos”, no qual se sagrou vencedor! Embora considerasse que a sua imagem talvez não encaixasse naquilo que se poderia esperar de um ídolo pop pensou, e bem, que as suas qualidades enquanto músico conseguiriam ultrapassar esse pormenor e levá-lo à vitória, que acabou mesmo por conquistar.

O seu percurso no programa foi sempre muito constante, sem ter estado uma única vez em risco de ser eliminado. O momento que mais me marcou foi quando ele interpretou a música “Nothing Really Mathers”, de Mr. Probz, em que se mostrou extremamente à vontade a cantar, a sentir cada palavra, a pôr emoção em cada gesto que fazia, como se estivesse e com a maior naturalidade e simplicidade, como se fizesse aquilo todos os dias.

João Couto considera-se um perfecionista, e diz que a sua principal qualidade é o espírito de sacrifício. Tem entre os seus ídolos artistas portugueses como Rui Veloso, Miguel Araújo ou António Zambujo, tendo inclusive interpretado temas destes dois últimos em duas galas do Ídolos. Tendo sido eleito pelos portugueses como “Ídolo de Portugal”, João Couto ganhou, para além do prémio monetário e um automóvel, um contrato discográfico com a Universal Music Portugal. E o seu primeiro single, escrito e composto por Diogo Piçarra e apresentado pela primeira vez na gala final do Ídolos, já não deixa ninguém indiferente.

“Chama Por Mim” é o tema de lançamento de João Couto, que faz atualmente parte da banda sonora da telenovela Coração d’Ouro.

M: João, quero desde já agradecer-te, em meu nome e em nome da Inominável, por teres aceitado este convite. Começo por perguntar: o que te levou a participar no Ídolos?

J: Em primeiro lugar, muito obrigado pelo convite para esta entrevista. O que me levou a participar no Ídolos foi a vontade de colocar um desafio a mim próprio. Eu seguia o programa com atenção quando era mais novo e tinha uma relação especial com ele, mas com o passar dos anos perdi o interesse nesses formatos em geral e virei a minha atenção para outras lides musicais. No entanto, quando anunciaram o regresso do programa, por curiosidade arrisquei, e como na altura andava a trabalhar em canções minhas e a tentar marcar atuações achei que era uma maneira de deixar o meu nome a circular. Inscrevi-me sem pensar muito no que poderia acontecer e fui só mesmo com o intuito de me anunciar ao público e nada mais. Fui às pré-audições (e às audições também) com zero expectativas.

Ao confrontar-me com a enorme pressão que o programa implicava, hesitei bastante, mas motivei-me pela vontade de querer trazer música e atitudes diferentes daquelas a que os espetadores estavam habituados naquele contexto, e isso motivou-me. Passou duma brincadeira a uma missão, de certa forma.

13

Nº 3 - Abril, 2016