Inominável Nº 2 | Page 14

Este é, por assim dizer, a primeira de muitas películas que Hollywood teve o cuidado de nos oferecer durante todos estes anos, onde o amor foi tratado e vivido de forma muito dramática. Quase dando razão ao belo soneto de Luís de Camões:

Amor é um fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói, e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer

Deixemos por agora a poesia e regressemos ao cinema. E a outra história de amor… também ela mal resolvida. Chamo aqui o filme do qual retirei o nome deste espaço: Casablanca.

De 1942, este drama romântico tem tudo para ser um dos melhores filmes do mundo (encontra-se no top 10 mas em lugares diferenciados, variando conforme a entidade promotora). Não foi unicamente a presença de Bogart ou de Ingrid Bergman que deram a excelência à película. Mas a sua história, onde o drama de um amor conflituoso é elevado a tal êxtase que marca qualquer espectador. O excerto da parte final do filme, e que aqui deixo, reflecte o verdadeiro drama de quem (muito) ama.

Dando um ligeiro salto no tempo aterramos em 1951, onde sob a direcção de John Houston surge “The African Queen”. Com dois intérpretes fantásticos, novamente Humphrey Bogart e desta vez Katharine Hepburn, esta é uma daquelas histórias de amor que ninguém quer esquecer. E eu muito menos, pois adoro o filme.

O ano de 1961 traz-nos, a meu ver, um dos filmes mais fantásticos de Hollywood: “West Side Story”. Com música do maestro Leonard Bernstein, esta película atravessou todas as fronteiras que a idade costuma colocar, tornando-se um verdadeiro clássico.

Mais tarde, em 1966, pelas mãos do realizador francês Claude Lelouch surge uma longa-metragem que comoveu a sétima arte… e não só. Com um nome simples - “Um homem e uma mulher” - este filme, para além de ter sido marcante para a época, relata uma história de amor e amizade de forma muito peculiar. Conta também com uma música simplesmente inesquecível. Ora oiçam…

Poderia escrever um número infindável de páginas com referências a filmes onde o amor é o tema central. Dramas, comédias, musicais… enfim, um ror de películas fantásticas e sublimes.

Desde “Serenata à Chuva” com Gene Kelly, ou “Shall we Dance” com Fred Astaire e Ginger Rodgers, passando por “Os homens preferem as Loiras” com Marilyn Monroe, ou “Grease” com John Travolta e Olivia Newton-John, até terminarmos quiçá em “Cinema Paraíso” ou em “A vida é Bela”, ou porque não “O Carteiro de Pablo Neruda”, todos eles apresentam-se como óptimos exemplos de que o amor é a razão principal da existência do ser humano…

No entanto, vou referir somente um… “Forrest Gump” de seu nome. A história sincera do amor de um jovem - Forrest – com um ligeiro défice de inteligência, por uma jovem – Jenny – e que atravessa todo o filme, é o exemplo acabado de… “All you need is love”.

Termino assim com as palavras que são do próprio Forrest: “I’m not a smart man but I know what love is!”

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