Há histórias e histórias
dúvida e sem hesitar embrenhou-se e moribundo suspirou
para o ar puxando do seu bolso mais um cigarro, acendeu-o
e um vulto iluminou-se na escuridão “Bem-vindo, estávamos
todos à tua espera, senta-te…” Aos poucos, vultos iam-se
instalando ao redor da sala anunciando-se um a um…
Encontrar, chamar, apelar, ouvir, persuadir, falar, sorrir,
viver, sentir, esperar, sonhar, dizer, desvanecer, esmorecer,
destruir,
acordar,
esquecer,
desaparecer.
Levantar,
concentrar, reagir, ouvir, consciencializar, acreditar, amar…
uma autêntica convenção verbal que o deixava claramente
perplexo… “Onde estou? Estarei vivo? Morri naquele
maldito apartamento ou nem saí de lá e isto é apenas um
sonho? Respondam-me já!” “Calma, descontrai” disse
suavemente a voz que anteriormente o recebera. Ele, sem
nada perceber, seguiu a recomendação e esticou as suas
pernas que tremelicavam numa ansiedade perturbante
enquanto se questionava inúmeras vezes acerca da realidade
e do sonho, naquele espaço só queria ter a noção de mais
tarde vir a acordar e tudo aquilo não passar de um devaneio
noturno da sua mente. Na complexa situação ateou mais
uma extenuante dose de loucura em chamas. Aquele espaço
era mágico e todos os vultos rodopiavam entre si,
desenhando novas formas verbais que se iam fixando na sua
memória fotográfica… A voz suave que o acompanhava
desde o início desta jornada deslocou-se ao centro da sala e
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