ZYZ
Esfregam-nos, verdes, as insolências na cara.
Vimo-las passar, como as ovelhas olham o seu pastor:
inertes e consoladas, por ter erva no prado.
Que é do nosso pastor? Aquele que teima em não chegar!
O túnel estreita, a fome aperta, a situação piora;
graça inocente a dos que ainda acreditam.
Efémero é o correr dos anos, a vida passa e nem te vê.
A mesma condição que a todos assiste, espreita: A morte.
Com o seu véu fúnebre e pálido.
Revoltam-se as tropas deste batalhão.
Esfomeadas, de respeito, invadem as portas dos palácios.
Esses palácios, de cristal, onde a vida de todo o rebanho é
discutida.
As portas continuam fechadas, estarão sempre fechadas essas
portas...
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