Detectives Selvagens 0 - Julho 2014 | Page 93

EMENTA ALTERNATIVA é necessário bem a moer, folhas de eucalipto importado, com iogurte de rinoceronte. Água da fonte. Ou será mijo de rinoceronte? Três cravos brancos e cinco lírios dourados em flambé. Farófias distendidas sobre a realidade nua sobre toucinhodo-céu, sarapatel a martelo. Encruzilhadas de rabanadas desabotoadas, doce de ovos de dinossauro morfológico, robotizado, em ponto rebuçado. Nano-partículas opalinas debruadas a alvo linho, soca de sola de carvalho e, de cartas, um baralho. Sueca ao sol não é coisa que descole, numa redução de Verão, bom serão. Sobremesas à parte, cadeiras estufadas com mel exótico, flores flagrantes em sopé melancólico, vinagrete low-cost com salsa, swing e gloss. Três cambalhotas no Orçamento, uma Fossa Abissal, Galinha do Inferno no quintal, a ponta de um corno redondo dum carneiro. Finaliza com uma aromática escotilha emperrada de sumarento submersível, Charroco manhoso, bicho lodoso, taínha dos esgotos do Porto se não te matou deixou-te torto, morcão, perro tinhoso, que só se pára de trinchar o porco quando arrotarmos pelo PIB. Au pont. Tudo colocado à sua disposição, apenas com um senão, também há sandes de crocodilo, mas acabou-se-nos o pão. O que vai ser então? - Ah! Então, quero só um bitoque! 93