Conferência Nacional sobre as Cidades | Page 99

baseada no olhar do município. A Secretaria criou o Centro Comunitário da Paz (Compaz), que é um modelo implantado na Colômbia. Integra políticas, atrai a comunidade, educa o jovem. Reúne em um mesmo espaço uma série de serviços públicos, como esportes, estudos, atendimento a mulheres vítimas de violência, Procon etc. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a polícia militar já faz o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), realiza ciclo completo para determinados perfis de crimes, com eficiência. Em Sergipe, por exemplo, houve um governo estadual que procurou interagir com a sociedade civil, com as prefeituras, com a igreja etc. As instituições chegaram a ratear custos, se cotizaram para abrigar postos de segurança e até para comprar pneus para viaturas, entre outras iniciativas. O Paraná também programou práticas e modelo de gestão da segurança pública que merecem ser observados e estudados. A prefeitura de Vitória-ES desenvolveu um Plano Municipal, com base na orientação do Programa das Nações Unidas (Pnud), a partir de consultas populares. Foram organizadas 136 ações integradas entre diversas pastas municipais e órgãos estaduais e federais (não só as polícias). Isso permitiu enxergar a diversidade de ações da gestão municipal que guardam relação com a questão da segurança pública. Procurou deixar de lado o modelo de segurança baseado apenas no “combate ao criminoso” e considerou que simplesmente “mais polícia e mais prisão” não resolvem e que a segurança deve ser trabalhada antes de ocorrer o caso de polícia. Atribuiu, por exemplo, à guarda municipal a função de monitorar e prevenir a violência contra a mulher. Também previne o acesso dos jovens ao consumo e ao tráfico de crack. A guarda, ainda, avalia a situação Segurança 97