problemas, o melhor é dar condições pedagógicas e estruturais
para se evitar a repetência, tornando a escola um espaço formador com alto grau de efetividade. Todavia, diante da atual conjuntura, faz-se necessária uma política nacional voltada para a EJA,
que a agregue à educação formal e a uma maior contextualização, utilizando tecnologia adequada e, ao mesmo tempo, conectada com habilidades profissionalizantes. Atualmente, é possível
verificar a decisão política de abrir esta modalidade de ensino no
horário diurno, atendendo à legítima demanda das famílias, mas
também na perspectiva de contemplar o público mais jovem, ausente do mercado de trabalho, assim como as mulheres.
À guisa de conclusão
O financiamento da educação brasileira precisa alcançar
patamares mais elevados de aporte de recursos. Não se pode
abandonar a ideia de aumentar o gasto em relação ao PIB e, principalmente, ampliar, significativamente, a remuneração do magistério em todo o território nacional. Resta, no entanto, a necessidade de, antes de onerar a população com um aumento da já
exaustiva carga tributária, dar certeza à sociedade de que o gasto
público no setor está assegurado em padrões confiáveis de eficiência, eficácia e efetividade.
Em um país onde quase 14% dos alunos são reprovados nas
séries finais do ensino fundamental e outros 5% simplesmente
abandonam a escola, podemos afiançar que temos um norte primordial no qual buscar o financiamento para o segmento, antes
de majorar a já imensa carga fiscal que recai sobre o setor produtivo e o trabalhador em geral: melhorar os indicadores. Ora, se o
Brasil gasta 6,6% do PIB em educação, estamos falando de algo
em torno de 360 bilhões de reais todos os anos. Uma quantia
considerável, ainda mais se levarmos em conta que com 20% de
Educação
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