Conferência Nacional sobre as Cidades | Page 37

pação política”. De acordo com J. Pascual, a “governança democrática” pressupõe e caracteriza-se sinteticamente por: 1. uma cidadania ativa envolvida com a solução dos desafios sociais; 2. valores cívicos e públicos; 3. revalorização da política democrática e do governo representativo (o governo representa a cidade frente às suas necessidades e desafios; o governo tem incumbências); 4. construção compartilhada do fortalecimento do interesse geral, entendido como caetano araújo, conselheiro e ex-presidente da FAP “construção coletiva”; 5. transparência e prestação de contas. Desnecessário, mas obrigatório dizer que “a governança democrática exige e necessita de democracia” (As referências a “governança democrática” são extraídas de PASCUAL, Josep Maria Esteves, Governança democrática: construção coletiva do desenvolvimento das cidades. Brasília: FAP, 3. ed., 2016). Diante da caracterização que fazem alguns urbanistas a respeito das cidades brasileiras como “cidades cindidas, desiguais e insustentáveis”, a proposição da “governança democrática” se apresenta como uma nova perspectiva de mudanças. Com ela se poderia efetivamente abrir as portas para a construção da nossa “cidade futura”, uma agregação humana participativa que busque sempre mais eficiência, equidade, fraternidade e felicidade! Este capítulo, cujo tema é a GOVERNANÇA DEMOCRÁTICA, é a síntese das discussões que foram realizadas nas reuniões preparatórias da Conferência, bem como nas sessões da própria Conferência, realizada em Vitória (ES). A coordenação deste tema esteve à cargo de ALBERTO ÁGGIO. Governança Democrática 35