Conferência Nacional sobre as Cidades | Page 32

Para o PPS impõe-se, hoje, ultrapassar a fórmula do “poder local” adotada pelo partido desde o processo de redemocratização do país. A ideia de que o “poder local”, vinculado à noção de “radicalidade democrática”, como um ponto de enfrentamento da crise geral do Estado mostrou-se retórica e limitada e, por outro lado, levou o PPS a vacilar no sentido de adotar a perspectiva de um partido autenticamente reformador no qual importa menos a perspectiva finalística e mais a proposição prática de propostas de enfrentamento de questões concretas da vida da população, tornando-as seus objetivos permanentes. É imprescindível que o PPS faça uma avaliação crítica da política de “orçamento participativo”. A dinâmica efetiva do orçamento participativo, além de lidar com um percentual irrisório de recursos no planejamento do município, gerou ilusões e muitas distorções. Ela não foi efetivamente uma política democrática de participação e acabou cedendo espaço para o paternalismo, o Alberto Aggio, professor aposentado da Unesp e presidente da Fundação Astrojildo Pereira 30 Conferência Nacional sobre as Cidades – Governança Democrática