nificava apenas reivindicar do Estado e do poder público. Contudo, os brasileiros vêm compreendendo que isso, embora importante, resulta insuficiente e não gera resultados duradouros.
É preciso não apenas protestar, se indignar ou mesmo se rebelar.
É preciso que haja organização política de interesses e capacidade de elaboração, mesmo que parcial, mas substantiva, de
projetos de reforma e de transformação da realidade.
Se formos percebendo essas carências, nessa trajetória
também começaremos a dimensionar que a concepção verticalizada da ação política e de governo, que, em geral, vem de
cima para baixo, nos satisfaz menos ainda. Este tipo de política, de caráter “gerencial”, carrega invariavelmente um viés
autoritário que hoje é rejeitado pela maioria das pessoas – e
com toda razão. O tempo de mudança que vivemos exige uma
“nova política” porque expressa claramente uma tendência
no sentido de fortalecer, consolidar e renovar a vida democrática entre nós.
renato casagrande, presidente da Fundação João Mangabeira (PSB)
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Conferência Nacional sobre as Cidades – Governança Democrática