Conferência Nacional sobre as Cidades | Page 16

nificava apenas reivindicar do Estado e do poder público. Contudo, os brasileiros vêm compreendendo que isso, embora importante, resulta insuficiente e não gera resultados duradouros. É preciso não apenas protestar, se indignar ou mesmo se rebelar. É preciso que haja organização política de interesses e capacidade de elaboração, mesmo que parcial, mas substantiva, de projetos de reforma e de transformação da realidade. Se formos percebendo essas carências, nessa trajetória também começaremos a dimensionar que a concepção verticalizada da ação política e de governo, que, em geral, vem de cima para baixo, nos satisfaz menos ainda. Este tipo de política, de caráter “gerencial”, carrega invariavelmente um viés autoritário que hoje é rejeitado pela maioria das pessoas – e com toda razão. O tempo de mudança que vivemos exige uma “nova política” porque expressa claramente uma tendência no sentido de fortalecer, consolidar e renovar a vida democrática entre nós. renato casagrande, presidente da Fundação João Mangabeira (PSB) 14 Conferência Nacional sobre as Cidades – Governança Democrática