Conferência Nacional sobre as Cidades | Page 112

fatizou e se colocou em prática a separação institucional entre Educação e Cultura com o estabelecimento do Ministério da Cultura. Consideramos que cultura e educação não podem ser tratadas de forma separada e que a formação, necessária seja no campo educacional (formal e informal) e no campo cultural, deve ser um ponto de encontro entre as duas áreas (cultura e educação). Tudo indica que é necessário recolocar em discussão a separação do Minc e do MEC ou se repensar uma maior sinergia entre os dois ministérios. No essencial, é preciso unir esforços no sentido de inserir os jovens no mundo do conhecimento e das artes, possibilitando-lhes, inclusive, bolsas de ambiência universitária em faculdades de cinema, educação artística etc., conforme o talento que demonstrarem. V. A trajetória recente dos chamados Pontos de Cultura, estabelecidos pelos governos petistas nos últimos anos, é, no mais das vezes, vista com muita crítica em função do seu aparelhamento e da sua ideologização. Em tese, trata-se de um projeto positivo, mas que foi deturpado, mal gerido e manipulado. Em contrapartida, há propostas de se rediscutir esse projeto, resgatando-se a ideia de Casas de Cultura nos municípios e o estímulo ao funcionamento autônomo, democrático e representativo dos Conselhos de Cultura. VI. Um dos graves problemas existentes na área de defesa e preservação do patrimônio cultural envolve a sua legislação federal. Entendemos que há necessidade de se repensar a legislação que informa a formação de conservadores/restauradores de bens culturais, que trabalham diretamente com o patrimônio cultural. A formação deste profissional não pode ser unicamente delegada ao MEC considerando a importância do Minc na elaboração das políticas públicas para tutela do patrimônio cultural brasi- 110 Conferência Nacional sobre as Cidades – Governança Democrática