mente em países como o Brasil, necessita do apoio do Estado
para sua viabilização.
Devemos aproximar a cultura da noção de cidadania. Demanda-se cultura como um direito de cada pessoa de usufruir
dos benefícios da criação coletiva da sociedade. Em suma, cultura é um direito de cada um de nós. Pela cultura, inserimos as
pessoas socialmente. Assim, pode-se compreender a “política
cultural” como um conjunto de ações governamentais no sentido
de incentivar, promover, proteger e difundir a cultura e a cidadania em todas as suas formas e expressões. Para isso, ela deve
contar com a participação efetiva, independente e criadora das
populações e de seus agentes culturais, integrando-se ativamente ao que temos chamado de “governança democrática”. Um
conceito que temos adotado para buscar estabelecer uma conexão entre as instituições políticas da democracia e a atual “revolução cidadã” que o país vive intensamente, da qual são expres-
Cleia Schiavo, conselheira da fap, e IVAN ALVES FILHO, ambos
professores e ativistas das áreas cultural e política
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Conferência Nacional sobre as Cidades – Governança Democrática