e reflexão, expressão e proposição. São estas as respostas capazes de mudar o mundo e a vida dos homens.
A partir destas premissas, considera-se a cultura como
um conjunto de traços distintivos, espirituais e materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam uma sociedade ou um
grupo social, proporcionando ao homem a capacidade de reflexão sobre si mesmo, fazendo-o reconhecer-se como um projeto
inacabado e que busca incessantemente uma interlocução com
os diferentes atores culturais.
“Estar no mundo” é tornar-se sujeito em todo este processo, estratégia essencial no desenvolvimento da sociedade,
via preservação dos valores de um povo. O que tem a ver com
o conceito de identidade cultural, concebida não como o que
nos diferencia dos demais, mas como aquilo que nos une, nos
dá sentido de pertença.
Política Cultural
As políticas públicas para a cultura, que formam em conjunto o que podemos chamar de “política cultural”, devem ter
em vista e guardar uma íntima esperança no sentido de se construir um país mais democrático, com relações igualitárias, remetidas ao princípio da alteridade e da plena liberdade de expressão e de manifestação de todos, visando lhes garantir a
possibilidade de produção simbólica do seu “estar no mundo”,
independentemente de sexo, etnia, credo religioso e origem.
O locus da produção cultural é a sociedade civil. Por isso, enrijecer a política cultural a partir de uma lógica de Estado tem gerado inúmeros problemas e disfunções. Partidos políticos que
se fundam nessa lógica estão com os dias contados. No entanto,
é preciso levar em conta que a produção de cultura, especialCultura
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