Military Review Edição Brasileira Março-Abril 2014 | Page 66
Exército dos EUA
1o Sgt do 864o Batalhão de Engenharia conversa com cabos e novos sargentos durante um curso de desenvolvimento de comandantes de fração, com duração de cinco dias, ministrado pelo batalhão trimestralmente, Base Conjunta de Lewis-McChord, Estado de Washington, 24 Jan 12.
individuais básicas e da possível excelência
em algumas delas. Demonstra um sentido de
compromisso para com o Exército, uma vez
que o militar decidiu permanecer na Força e
tornar-se um oficial, o que sugere fortemente
que a profissão militar lhe apraz.
Martin van Creveld, ilustre historiador militar
israelense, considerou problemático o sistema
norte-americano de seleção de potenciais oficiais
subalternos, afirmando: “O aspecto que mais se
destaca na trajetória rumo ao oficialato nos EUA
é que os futuros oficiais são designados como
tais antes mesmo de ingressarem nas Forças”12.
A seleção ocupacional de oficiais gerada dessa
forma ocorre, por necessidade, durante e após
a designação inicial de comando, provocando
estresse adicional para a organização e para o indivíduo. Em suma, nem o Exército nem o indivíduo
escolheram um ao outro antes da designação para
uma função de comando direto.
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Competência. Segundo, um oficial subalterno
com experiência militar prévia tem mais competência técnica e requer menos treinamento
em habilidades individuais e coletivas. Ao falar
sobre praças, o sociólogo militar Samuel Coates
afirmou: “As habilidades militares de liderança ou
especialidades técnicas são, em geral, complexas
demais para serem dominadas em um período
de alistamento”13. A aquisição das habilidades
necessárias aos oficiais, presumidamente mais
complexas que as de praças (planejamento, liderança e ação de decidir no âmbito coletivo, por
exemplo), provavelmente requer, no mínimo, o
mesmo prazo. Nesse ínterim, os sargentos muitas
vezes acabam tendo de completar o adestramento
de oficiais subalternos.
O Manual de Campanha 6-22 — Liderança do
Exército: Competente, Confiante e Ágil (FM 6-22 —
Army Leadership: Competent, Confident, and Agile)
elucida a responsabilidade dos sargentos quanto a
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