Revista MeuCérebro Ano 00, Nº 07, Abril/2015 | Page 8

O atendimento da crise convulsiva em 12 passos líticos relacionados a crises: glicemia, ureia, #ParaProfissionais creatinina, sódio, cálcio, fósforo, magnésio, Mas, e depois, na unidade de saúde, o que hemograma e gasometria arterial; deve ser feito? Já na emergência, em conjunto com 8. Dosagem sérica de drogas antiepilépticas, uma equipe de saúde preparada, o médico deve útil em pacientes previamente epilépticos; se guiar por um processo diagnóstico estruturado. 9. Eletrocardiograma (para afastar arritmias e Uma crise epiléptica requer alguns cuidados e uma síndrome do QT longo); investigação detalhada para que se possa definir o 10. Exame de imagem do crânio (ressonância melhor tratamento para cada caso. Tomando como magnética ou tomografia computadorizada, base o livro ‘Emergências Clínicas Baseadas em dependendo da disponibilidade, urgência Evidências’, redigido pela Faculdade de Medicina e capacidade de cooperação do paciente). da Universidade de São Paulo, listamos 12 passos Nos pacientes epilépticos com etiologia já fundamentais a serem seguidos pelo profissional investigada pode-se, criteriosamente, pres- que se depara com um evento do tipo: cindir de novo exame de imagem. A tomografia pode ainda ser necessária para excluir 1. Estabilização clínica, conforme preconi- lesões secundárias à crise, como traumatis- zado pelos protocolos de suporte básico e mo craniano; avançado de vida; 11. Exame do líquido cefalorraquidiano, fun- 2. Exame clínico geral, incluindo parâme- damental nos casos de suspeita de menin- tros hemodinâmicos, temperatura, glicemia gite ou encefalite; capilar, saturação de oxigênio; 12. Investigação de foco infeccioso sistêmi- 3. Exame neurológico, com ênfase na pesqui- co, em casos selecionados. sa da rigidez de nuca e fundo de olho; 4. Investigar o uso de medicamentos, drogas ilícitas e abstinência (principalmente os sedativos hipnóticos, depressores do sistema E em relação às medicações? Vale ressaltar que o objetivo das drogas antie- nervoso central e álcool etílico); pilépticas é cessar uma crise prolongada e prevenir 5. Averiguar história de lesão neurológica novas crises. Seu uso é criterioso e reservado para prévia ou epilepsia; casos selecionados, tendo em vista que a maioria 6. Em pacientes epilépticos, obtenção de das crises é autolimitada. dados sobre medicações que faz uso e eventual não-aderência ao tratamento; 7. Realização de exames laboratoriais para afastar os principais distúrbios hidroeletro8 / meucérebro FONTES: Livro Emergências Clínicas Baseadas em Evidências, USP. Imagem adaptada a partir do CETAPH; Centro de Treinamento em Atendimento Pré-Hospitalar.